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Projeto “No coração da vila” vai levar medicamentos a pacientes idosos acamados |
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O Programa Médico de Família (PMF) completou 20 anos de implantação no último dia 27 de setembro. Baseado em experiência cubana adaptada à realidade de Niterói, o modelo pioneiro de atenção básica se espalhou pelo Brasil, com a chancela do Ministério da saúde, e ganhou o nome de Programa Saúde da Família. Duas décadas depois e com cerca de 170 mil niteroienses cadastrados, a iniciativa coordenada pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) deu início na última segunda-feira a um novo projeto e não menos inovador, que vai beneficiar usuários acima de 60 anos: “No Coração da Vila”. O nome dado a iniciativa é uma analogia a uma das maiores causas de morte nas grandes cidades, o problemas cardiovasculares. Ititioca, de acordo com a coordenação do PMF, será o segundo bairro a receber o projeto.
Nesta primeira fase serão beneficiados os idosos de um universo de cerca de 10 mil usuários cadastrados no Módulo Wilma Spin, moradores da Vila Ipiranga, Santo Cristo e parte do Fonseca. “No Coração da Vila” vai entregar mensalmente na casa de 200 idosos acamados e com impossibilidade de locomoção um kit com medicamentos contra hipertensão e diabetes. Instalado em uma antiga unidade básica de saúde, situada à Rua Tenente Osório, o módulo conta com cinco médicos, cinco técnicos de enfermagem, dois enfermeiros, 10 agentes comunitários de saúde, além de dois dentistas e dois auxiliares de consultório dentário. De acordo com a coordenadora executiva do PMF, médica Verônica Alcoforado, a população do bairro apresenta grande contingente de idosos, muitos dos quais se encontram acamados. A ideia vai ao encontro de um antigo desejo dos líderes comunitários locais e busca principalmente evitar a auto-medicação. Nas visitas casa-a-casa, durante as consultas de rotina, as equipe verificam se há remédios e outros produtos fora de validade, que possam vir a comprometer o tratamento e a saúde do usuário. Segundo a coordenadora da Regional Norte do PMF, enfermeira Marilza Cardoso, o programa cobre atualmente 38% da população de Niterói. Resistência tem nome: Dona Geralda O ano era 1942. Manifestações no Brasil exigiam que o governo de Getúlio Vargas entrasse na Segunda Guerra Mundial, e as bombas ainda explodiam na Europa, quando Dona Geralda Souza dos Santos chegou à Vila Ipiranga. A poucos metros do atual módulo, ela e sua família buscavam atendimento na antiga Fundação Lar Operário Fluminense, que anos depois abrigou a Fundação Leão XIII, até ser fechada.
Lavadeira, hipertensa, mãe de oito filhos, 10 netos e três bisnetos, Dona Geralda, 85 anos, passou fome, enfrentou dois acidentes vasculares cerebrais (AVCs), mas não desiste. Numa vida inteira de lutas, essa é a primeira vez que terá, segundo ela, um pouco de mordomia, ao passar a receber os medicamentos em casa, mas sempre que pode visita o módulo, para pegar pessoalmente os remédios e se consultar com um dos médicos de família.
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