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Lacerda homenageia centenário de escritor PDF Imprimir E-mail

Em comemoração ao centenário do escritor Lucio Cardoso, o Museu de Arte Contemporânea, Secretaria de Cultura, Fundação de Arte de Niterói, Matinê Filmes, Canal Brasil, Cavídeo e Casa Rui Barbosa promovem a exibição do filme “A Mulher de Longe”, de Luiz Carlos Lacerda, dia 27 de novembro, às 20h30, às 11h, no auditório do MAC.
 

Conhecido no meio cinematográfico como Bigode, Luiz Carlos detalha que, A mulher de longe virou um poético documentário sobre cinema, que fala do processo de um escritor às voltas com o desejo de realizar um filme”.  Aliada à vontade de prestar reverência ao escritor, o cineasta propôs-se a resgatar os passos dados por Lúcio Cardoso no cinema. Mesmo de posse do filme, Bigode não tinha o roteiro e, portanto, não sabia o que se passava nos diálogos, foi então que teve a ideia de enriquecer o projeto com trechos dos diários das filmagens feitos por Lúcio Cardoso, material localizado na Fundação Casa de Rui Barbosa.

O documentário é a mistura das imagens recuperadas com o diário, narrado por Ângelo Antônio. Chegamos a 70 minutos por meio da repetição de alguns takes. Além disso, filmei cenas complementares na Praia de Itaipu, onde resta apenas um muro feito na época dos jesuítas”, detalha.             Luiz Carlos Lacerda também incluiu cenas do processo de recuperação do filme, assim como trechos de outros longas baseados em romances do escritor, entre eles Porto das caixas, de Paulo César Saraceni.

Luiz Carlos Lacerda, filho do produtor João Tinoco de Freitas, membro do Partido Comunista Brasileiro, que ajudava a financiar filmes nos anos 50, como “Rio 40 Graus” (1955), de Nelson Pereira dos Santos, Lacerda começou no cinema aos 19 anos como assistente de direção de “Onde a Terra Começa” (1965), de Ruy Santos.

Toda a sua experiência vem dos sets dos filmes de Nelson Pereira dos Santos, de quem foi assistente de direção. Estreou na direção com “Mãos Vazias” (1971), uma adaptação do romance homônimo de Lúcio Cardoso, e em 1978 dirigiu “O Princípio do Prazer”, no qual aborda o incesto.

Nos anos 80, fez filmes publicitários, produziu seriados e novelas para a Rede Globo e assinou alguns vídeos. Em 1987 filmou o sucesso “Leila Diniz” (1987). Realizou e roteirizou cerca de 30 curtas sobre personagens da cultura brasileira. Na produção, participou de “Chuvas de Verão” (1978), de Carlos Diegues, “Eu Te Amo” (1981), de Arnaldo Jabor, “O Homem da Capa Preta” (1986), de Sérgio Rezende, entre outros. Dirigiu “For All – O Trampolim da Vitória” (1997) e “Viva Sapato” (2004).

Lúcio Cardoso começou a carreira literária quando surgiu a linha regionalista do Romance de 30, com nomes como Rachel de Queiroz, Jorge Amado e José Lins do Rêgo. Ele, no entanto, seguiu outro caminho. Seu primeiro livro, Maleita (1934), era mais sociológico. O segundo, Salgueiro (1935), era realista. Mas Cardoso também fez romances mais cerebrais, nos moldes do romance russo, desenvolveu muito bem um romance psicológico, denso, em que atinge a alma dos personagens.

Além de romances, poesias, peças de teatro e até roteiros de cinema, Lúcio publicou muitos contos. Boa parte deles está sendo compilada, em dois volumes, pela jornalista e escritora Valéria Lamego.

Em 1962, após um derrame cerebral em que impossibilitou Lúcio a escrever, dedicou-se à pintura e ao desenho como elemento subsidiário à função literária. Concebia plasticamente os cenários de suas peças, a feição de suas personagens e os locais em que se desenrolava a ação dos romances. Realizou quatro exposições individuais em galerias de arte do Rio de Janeiro - Goeldi (1965) e Décor (1968), e de São Paulo - Atrium (1965). Em Belo Horizonte, no Automóvel Club de Minas Gerais (1966). Em 1966 recebeu o prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras, por conjunto de obra.

Outras informações:

MAC: 2620-2400

FAN: 2621-5050 (ramal: 204 / 232)

Serviço

A mulher de longe- exibição do filme de Luiz Carlos Lacerda, em comemoração ao centenário do escritor Lucio Cardoso. 

27 de novembro, às 20h30

Gratuito

Museu de Arte Contemporânea de Niterói (auditório)

 


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