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Libras: Niterói irá garantir acesso de deficientes auditivos às informações de Saúde PDF Imprimir E-mail

26/07/2019 A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Niterói está inovando na criação e confecção do seu material de divulgação. A partir desta semana, os cartazes, folhetos, banners e cartilhas produzidos pelo setor de artes gráficas da FMS receberão um QR Code, que ao ser carregado no smartphone de um usuário com deficiência auditiva, permitirá acessar outras informações a partir de um vídeo gravado na linguagem de libras. O objetivo é facilitar é ampliar o conhecimento sobre o conteúdo exposto.


 


A secretária municipal de Saúde, Maria Célia Vasconcellos, enfatiza que a iniciativa amplia o número de informações passadas aos deficientes auditivos.

“Com isso, a FMS está garantindo aos usuários uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), o da equidade, que garante a todas as pessoas atendimento e informações confiáveis”, afirma a secretária, ressaltando que os primeiros folhetos impressos são os da campanha Julho Amarelo, de conscientização e prevenção às hepatites virais.

 

A ideia é da professora de libras do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Universidade Federal Fluminense (UFF), Gildete da Silva Amorim Mendes Francisco, que firmou parceria com a FMS. Gildete leciona a língua brasileira de sinais para 27 cursos da instituição, bem como para o Instituto de Saúde Coletiva, instalado no Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), além da disciplina de Libras em Saúde para os estudantes da Faculdade de Medicina.

 

De acordo com Gildete, a iniciativa surgiu após ouvir o depoimento de uma usuária com surdez, que reclamava de não obter outras informações na língua de sinais.

“Eu fiquei com aquela fala na cabeça e questionei como poderia proporcionar acessibilidade para ela e outros com a mesma deficiência, de forma clara e objetiva”, comenta a professora. “Eu passei a gravar vídeos utilizando libras, foi assim que nasceu a proposta”, revela. “A maioria dos deficientes auditivos usam celulares e acessam os conteúdos impressos e visuais em português, ampliando as informações em libras recebidas por meio do aparelho”, acrescenta.

 

De acordo com a professora, não existe no Brasil nenhum material desse porte. O projeto é inédito não só em Niterói, mas como no Estado do Rio de Janeiro.

 

“Esse público encontra-se entre os grupos vulneráveis e desfavorecidos, que sofrem com o que chamamos de uma ‘barreira linguística’, no qual se sentem impedidos de ter uma comunicação ágil e eficaz, que permita a ales acessarem os serviços básicos fornecidos pela sociedade”, ressalta Gildette.

 

Capacitação

 

Profissionais de Saúde da FMS vão passar por uma capacitação em libras. O objetivo é a melhoria no atendimento clínico e hospitalar das pessoas com deficiência auditiva e usuários da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e seus familiares, possibilitando a inclusão social. O desenvolvimento do projeto prevê o oferecimento de palestras, cursos e oficinas com foco na acessibilidade, assim como a promoção de campanhas de conscientização no local de trabalho e ao lado de outros deficientes auditivos.

 


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