As obras de requalificação do canto de Itaipu, área próxima à praia, avançam, e a previsão é que o trabalho seja concluído em março. Quem passa pelo local, percebe as primeiras transformações. Já foram realizadas as drenagens pluviais e 60% do calçamento previsto. No momento, as equipes trabalham no restante das calçadas e na praça em frente ao Museu de Arqueologia.

A próxima etapa incluem a implantação do deck de madeira com rampa de acessibilidade, permitindo o acesso de cadeirantes à praia, a requalificação das áreas de estacionamento, o novo paisagismo, além de pequenas edificações que serão usadas para apoio às atividades pesqueiras.

O secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão (Seplag), Axel Grael, enfatiza que o projeto foi desenvolvido com o objetivo de promover um melhor ordenamento da área, evidenciando ainda mais o patrimônio local, aumentando as potencialidades turísticas e valorizando a cultura pesqueira, que é tradicional naquela região.

“O Canto de Itaipu será um novo ambiente para o desenvolvimento sustentável, que permitirá integrar os recursos ao uso coletivo da população, evidenciando a natureza e valorizando as potencialidades produtivas. Este é um dos locais mais visitados da cidade. Itaipu é uma das comunidades mais tradicionais e culturalmente importantes de Niterói. Com relevante potencial turístico e para o lazer, a praia merecia há anos uma infraestrutura mais compatível”, afirma Grael.

O projeto também privilegia a inclusão social e, para isso, serão construídas passagens com acessibilidade ao banho de mar para as pessoas com dificuldades de locomoção, principalmente, cadeirantes.

“Buscamos integrar os espaços que foram desenhados para manter a facilidade do acesso e circulação nesta área, principalmente aos usuários que apresentam algum tipo de dificuldade de locomoção”, pontua Grael.

O secretário ressalta que, para o novo projeto de paisagismo do Canto de Itaipu, foram preservados o maior número de árvores existentes naquela área, privilegiando as espécies do ecossistema da mata pluvial atlântica de restinga e em condições saudáveis.

“O projeto de requalificação urbanística buscou manter as características ambientais, evidenciando a natureza e identificando suas potencialidades produtivas, propondo práticas e estratégias para o desenvolvimento sustentável”, diz.

As obras foram iniciadas em outubro e integram o Programa da Região Oceânica Sustentável (Pro Sustentável), com empréstimo realizado a Cooperação Andina de Fomento (CAF). O investimento neste projeto é de cerca de R$ 1,9 milhões.