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Tartaruga-verde põe ovos em Itacoatiara PDF Imprimir E-mail

Essa é a primeira vez que é registrado a desova de animal dessa espécie na região. Especialistas do projeto Aruanã e a Prefeitura vão monitorar o ninho

04/03/2020 – Durante a limpeza de rotina da praia de Itacoatiara na madrugada desta quarta (04), equipes da Companhia de Limpeza de Niterói (Clin) encontraram uma tartaruga marinha adulta da espécie Chelonia Mydas (tartaruga-verde) colocando ovos na areia. Essa é a primeira vez que é registrado a desova de animal dessa espécie nessa região. Os funcionários, que são treinados para identificar e preservar os ninhos de tartarugas, acionaram o Projeto Aruanã, da Universidade Federal Fluminense (UFF), que passou a monitorar o local com o apoio da Prefeitura. A previsão é que os filhotes estejam prontos para se lançarem ao mar em 60 dias. A tartaruga mãe, de 115 centímetros, retornou ao mar depois de desovar.

Daiane Stein, coordenadora de Operações da Clin, destaca que um grupo de funcionários foi treinado por técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente sobre como proceder em situações como esta.

“O curso também incluiu pescadores e mostrou o que deve ser feito quando ocorrem desovas em locais que não são comuns. Nesse caso, assim que encontraram a tartaruga fazendo o ninho, as ações foram tomadas para garantir que ninguém tocasse ou destruísse os ovos e os especialistas foram acionados”, explicou.

Biólogos da prefeitura e do projeto que acompanharam as primeiras horas do animal na restinga de Itacoatiara confirmaram que as tartarugas desta espécie não costumam desovar nessa região. Os locais mais comuns de desova são em ilhas Oceânicas como Fernando de Noronha, Atol das Rocas e Trindade.

“Não temos nenhum registro de desova dessa espécie nessa região. Normalmente, as tartarugas-verdes ficam por aqui até atingirem a maturidade sexual, quando vão para as ilhas oceânicas. Esse é um acontecimento inédito e estamos fazendo um apelo para a população ajudar no monitoramento desse ninho. As tartarugas levam cerca de 45 a 60 dias para nascerem. Nós, do projeto Aruanã, vamos fazer o com o apoio da Prefeitura. É muito importante que a população nos ajude e preserve o local”, apelou a bióloga marinha Larissa Araújo, coordenadora do Projeto Aruanã.

Para Alexandre Moraes, biólogo da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (Seconser), a participação da população nesses casos é fundamental.

“A Prefeitura tem um olhar muito atento para essas questões ambientais. Em situações especiais como essa, vários órgãos se unem, cada um na sua área, para dar o apoio. Os primeiros momentos foram muito importantes para a identificação e preservação do ninho. Agora cercamos o local e vamos aguardar para que, em abril, as tartarugas possam ir para o mar seguir o seu destino”, informou.

Agentes da Coordenadoria Ambiental da Guarda Municipal de Niterói ajudarão os técnicos do Projeto Aruanã a fazer o monitoramento do ninho.

 


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