18/12/2020 - Criatividade é a palavra de ordem durante este período de pandemia e para os artesãos que trabalham em Niterói não é diferente. Seguindo todos os protocolos e com apoio da Prefeitura, a feira de artesanato do Campo de São Bento está funcionando a todo vapor durante aos sábados, domingos e feriados, de 8h às 14h. Já a feira da Orla de São Francisco funciona ao segundo domingo de cada mês, de 9h às 15h.

Os artesãos passaram por um treinamento para atenderem seus clientes com segurança, e para seguir todos os protocolos de higiene e proteção individual para reduzir o risco de contágio. O distanciamento entre as barracas de 1,5 metro. O uso de máscara de proteção e de álcool 70% é indispensável na proteção e higienização das mãos.

Lilian Marins, diretora Casa do Artesão, ressalta que a importância do apoio aos artesãos neste momento, e como comprar ajuda a fortalecer a economia local.

“Presentear com artesanato no Natal ou qualquer outra época, é a gente sair do padrão industrializado, pois o artesanato é feito com dedicação, amor e originalidade e temos a certeza que são peças únicas. Fora que a gente estimula o artesanato local, e as várias famílias que vivem exclusivamente dele, e a economia local”, declara a diretora da Casa do Artesão.

Sonia Antunes, de 66 anos, trabalha na feira do Campo de São Bento desde 1982, e hoje faz enxoval de bebê e de casa. Durante a pandemia ela se adaptou às vendas pelas redes sociais e manteve seus clientes fiéis. Ela contou como foi a dificuldade durante o período de paralisação das atividades.

“Quando tivemos que parar de trabalhar foi um momento bem difícil, já que a maior parte dos artesãos da feira do Campo de São Bento vivem como renda principal o que vem das feiras. O que salvou muitos de nós foram as confecções das máscaras, fiz muitas máscaras de maio até setembro, o que ajudou bastante, mas muitos não tiveram essa oportunidade. O auxílio da Prefeitura de Niterói ajudou muito, pois muitos só tinham a feira com forma de renda”, pontuou a Sonia.

A feirante ainda administra o Instagram e o Facebook da feira, e ajuda na divulgação do trabalho de outros feirantes.

Para a Suely Almeida, de 65 anos, que trabalha na feira da Orla de São Francisco há cinco anos, contou emocionada como foram os momentos que os artesãos passaram quando souberam que tudo seria paralisado, e como foi necessária a ajuda da Prefeitura. Suely pontuou que o preço do material para realizar o trabalho subiu drasticamente, e foi necessário o uma ajuda mútua entre os artesãos e troca e venda de materiais por preço mais baratos para todos se manterem, e continuar produzindo.

“Foi um momento muito difícil e triste, já que pegou todos os artesãos de surpresa, muitos ficaram preocupados sem saber como iria fazer para sobreviver, pagar as contas, comer. O benefício pago pela Prefeitura de Niterói foi primordial para nos manter nesse período”.