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MAC de Niterói comemora 15 anos com exposição de Frans Krajcberg PDF Imprimir E-mail

AEFK02Um dos artistas visuais mais famosos do mundo, Frans Krajcberg, foi convidado a abrir uma exposição no Museu de Arte Contemporânea de Niterói por um motivo especial: o MAC está comemorando 15 anos de existência. A mostra que leva o nome do próprio artista foi aberta no sábado, dia 3 de setembro, e reúne 28 obras, que se dividem em sete esculturas de chão, trabalhos que são marcas notórias do artista e remetem à sombra, além de 15 fotografias, fotos da natureza espalhadas por diversos períodos da vida do artista. A escolha das obras foi realizada pelo respeitado artista plástico e ambientalista que, este ano completou 90 anos.

 

 

 “Nesses 15 anos, o MAC se tornou motivo de orgulho e autoestima para a população. Essa obra de arte arquitetônica já é uma das mais conhecidas no Brasil e no exterior, é referência de beleza. E virou símbolo da cidade e atração turística obrigatória. Não há quem venha a Niterói sem visitar o MAC. Estamos muito felizes em comemorar esta data e com a exposição do Krajcberg”, ressalta o prefeito.

 

Krajcberg vive em Nova Viçosa, interior da Bahia, desde a década de 70, e confeccionou a maioria de suas peças de cipós e troncos de árvores destruídas pelo fogo. Seus trabalhos possuem uma estética totalmente inovadora com um tema mais discutido no mundo contemporâneo: a natureza. Segundo a marchand Marcia Barrozo do Amaral, que representa as obras do artista, Krajcberg vive 24 horas por dia pela incansável luta em prol da natureza e do planeta.

 

O artista - Depois de ter lutado na 2ª Guerra Mundial, por puro acaso, o polonês Krajcberg veio para o Brasil, em 1948, onde também não tinha amigos e não conhecia a língua. E, aqui, Krajcberg  diz que renasceu. “”Nasci  deste mundo que se chama‘natureza, e o grande impacto da natureza foi no Brasil que senti.  Aqui eu nasci uma segunda vez. Aqui eu tive a consciência de ser homem e de participar da vida com minha sensibilidade, meu trabalho, meu pensamento. Aqui me sinto bem”.

 

AEFK01Frans Krajcberg viveu em Monte Alegre, no Paraná, onde produziu a série de pinturas denominadas “Samambaias”, em São Paulo, no Rio, sempre trabalhando, sempre criando. Morou em Paris, onde mantém um atelier até hoje, viveu em Ibiza, ali iniciando a série de Relevos sobre pedra que lhe valeram o Prêmio de Pintura, na IV Bienal de São Paulo (1957) e na Bienal de Veneza (1964). De volta ao Brasil, Krajcberg se estabeleceu em Minas Gerais, na região de Itabirito e travou conhecimento com os pigmentos naturais de origem ferrosa, que se tornaram marca registrada em seus trabalhos. Foi a época dos relevos em papel, das esculturas em madeira lavada, etc.

 

Em 1972, mudou-se para Nova Viçosa e construiu a sua Casa na Árvore,”pousada num pequizeiro. Dali partiu inúmeras vezes para Amazônia, para o Pantanal, Marajó, São Luís, sempre registrando a beleza destas regiões do Brasil, sua grande paixão. Mas, principalmente, denunciando a destruição da natureza, as queimadas, a extinção das tribos indígenas. Como conseqüência destas viagens, Krajcberg introduziu o fogo na sua obra  é a época das esculturas queimadas, que tanto impacto causaram no público que visitou a exposição de Bagatelle, ponto alto do ano Brasil-França.

 

Frans Krajcberg, além de artista plástico mundialmente renomado, com obras nos mais importantes museus, é excelente fotógrafo. Em suas viagens à Amazônia, ao interior de Minas Gerais, ao Pantanal, assistiu cenas chocantes de destruição ambiental.  Esses registros feriram e ferem de tal maneira sua sensibilidade, que estão sempre presentes em suas obras, principalmente nas esculturas queimadas. A importância de sua obra no contexto da ecologia mundial é indiscutível. A viagem que fez ao Alto Amazonas com o crítico e filósofo Pierre Restany, quando redigiram e lançaram o “Manifesto Rio Negro”, foi um marco fundamental em seu trabalho: toda sua atenção se voltou para a preservação da natureza.

 

Outro aspecto deste protesto são as fotos - registro vivo da tragédia - cujo impacto é extraordinário. Assim, grande defensor das causas ecológicas, acumulou, ao longo de décadas, um importante acervo de fotografias, reunindo não só imagens da riqueza da flora brasileira, como as agressões por ela sofrida.

 

Serviço:

 

Exposição  Frans Krajcberg 

Abertura: 03 de setembro, às 17h

Exposição: 04 de setembro a 23 de outubro

Endereço: Mirante da Boa Viagem, s/ nº, Niterói, RJ

Funcionamento: De terça-feira a domingo, das 10h às 18h*.

(*) A bilheteria encerra suas atividades 15 minutos antes.

Valor do ingresso: R$ 5,00 –

Estudantes com carteirinha (na validade) e adultos acima de 60 anos (documento com foto) pagam meia-entrada. Estudantes da rede pública (até o ensino médio), crianças abaixo de 07 anos e portadores de necessidades especiais são isentos.

Durante o mês de aniversário do MAC, a partir de 3 de setembro, os moradores de Niterói, mediante apresentação do comprovante de residência, terão isenção de ingresso de terça a sexta-feira. Quarta-feira, a entrada é franca.

 

 

 

MAC levou cinco anos para ser construído

 

Inaugurado em 2 de setembro de 1996, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC) é destaque na praça de 2.500 metros quadrados, localizada no mirante da Boa Viagem, na orla de Niterói (RJ). A edificação de quatro pavimentos foi idealizada por Oscar Niemeyer. O MAC levou cinco anos para ser erguido.

 

Durante as obras, foram retiradas 5,5 mil toneladas de material em escavações e consumidos 3,2 mil metros cúbicos de concreto, quantidade suficiente para levantar um prédio de 10 pavimentos. Encravado na pedra, o prédio do museu visto ao longe lembra um disco voador ou um cálice.

 

Com 16 metros de altura, o MAC nasce do chão numa base cilíndrica única de 9 metros de diâmetro que sustenta todo o prédio, ancorada numa sapata gigante de dois metros de altura. Um espelho d'água com 817 metros quadrados de superfície e 60 centímetros de profundidade, confere leveza à construção.

A cúpula do MAC recebeu tratamento térmico e impermeabilizante com material altamente resistente e utilizado para proteção dos foguetes da NASA. Esse material tem capacidade de sofrer uma variação térmica de menos 50 graus centígrados a 250 graus centígrados.


Os vidros do MAC foram fabricados com exclusividade para o projeto. São 70 lâminas triplex, com 18 milímetros de espessura, na cor bronze. Cada uma das lâminas mede 4,80m de altura por 1,85m de largura. As esquadrias são em perfis de aço e estão inclinadas em 40º em relação ao plano horizontal. Os vidros, super-resistentes, suportam peso equivalente a 20 pessoas.

 

Todo o museu foi ambientado segundo projeto de mobiliário de Anna Maria Niemeyer. O projeto estrutural ficou a cargo do engenheiro Bruno Contarini, que trabalhou com Oscar Niemeyer em muitas outras obras, inclusive a da revolucionária estrutura da Universidade de Constantine, na Argélia.

 

A estrutura do MAC é complexa devido ao tipo de obra, solta no ar, com um único apoio central e forma circular. Foi projetada para suportar um peso equivalente a 400 kg/metros quadrados e ventos com velocidade de até 200 km/h.

 

Iluminação  especial - Os projetos de iluminação ambiental e de iluminação monumental são de autoria de Peter Gasper. No salão central de exposições, a claridade proveniente do sistema de luz técnica é aproveitada para iluminação ambiental. As reflexões nas paredes e a luz da clarabóia envolvem a totalidade do ambiente.

 

Externamente, o monumento é iluminado por 34 faróis de avião, instalados sob o espelho d'água na base do museu. A iluminação cria entonação espacial e dá ênfase à leveza da estrutura principal.  A luz tangencial se prolonga acima do topo e se dirige para o céu.

 

Para garantir a segurança dos visitantes dia e noite, a rampa que leva ao interior do Museu tem seu contorno delineado por uma réstia de luz balizadora.

 


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